sábado, 28 de maio de 2011

Parte IV - O que as mulheres realmente querem / 32. Ela não quer, na verdade, ser o número 1!


Muitas das vezes, uma mulher parece querer ser a coisa mais importante na vida do seu homem. Contudo, se isso acontecer, se ela for a coisa mais importante na vida do seu homem, ela sente que o seu homem fez dela a prioridade número 1 e que, por isso, não está totalmente dedicado ou dirigido ao seu divino crescimento e serviço. Ela sentirá que o seu homem depende dela para ser feliz, e isso irá fazê-la sentir-se sufocada pela sua carência e fixação. Uma mulher quer realmente que o seu homem esteja totalmente dedicado ao seu mais elevado propósito – e também a amá-la totalmente. Apesar de ela nunca o admitir, ela quer sentir que o seu homem está disponível para sacrificar a sua relação, em nome do seu mais elevado propósito.

Imagine que um homem tem de ir para a guerra. Ele dá um abraço de despedida à sua mulher. Ela chora.

“Por favor, não vás,” implora ela.

“Tu sabes que tenho de ir”, ele responde.

Eles olham profundamente nos olhos um do outro.

“Tu sabes que eu te amo,” diz ele para ela.

“Sim, eu sei. E também sei que tens de ir,” responde ela enquanto mais algumas lágrimas escorrem pelo seu rosto abaixo.

Ele vira-se e caminha rumo à porta, para o seu necessário destino, enquanto que a sua mulher, cheia de dor e orgulho, o vê desaparecer.

Esta cena exageradamente dramática capta um profundo princípio energético: Apesar de, aparentemente, a sua mulher querer ser a coisa mais importante na sua vida, na verdade ela poderá confiar e amá-lo mais, se não for.

O mais elevado propósito de um homem é a sua prioridade, não a sua relação íntima. A sua mulher sabe disto. Bem no fundo, ela quer que isso seja assim. A mulher dessa cena, na verdade, iria sentir uma elevada estranheza se o seu homem, de repente, dissesse, “Mudei de ideias. Tu és mais importante para mim do que a liberdade da humanidade. Tu és a coisa mais importante da minha vida, e não me importa que o meu serviço à humanidade seja necessário noutro lado qualquer, por isso, ficarei aqui contigo.” Apesar de uma parte dela ficar feliz com isso, uma parte mais profunda dela sentir-se-ia defraudada, esvaziada, rebaixada.

E ainda, à medida que o seu homem desaparece no horizonte para cumprir a sua missão, ela chora, desejando que ele não tivesse de ir. Mas ele tem de ir. E ela sabe disso.

Se uma mulher se tornou o ponto da sua vida, você está perdido. Você tem uma dádiva a oferecer, um propósito a cumprir, um profundo impulso do coração que mexe consigo. Se você perdeu contacto com este impulso, então começará a sentir-se ambíguo na sua vida. Tomará decisões porque tem de o fazer, mas elas não serão guiadas por um mais profundo sentido de propósito. Você poderá agarrar-se aos propósitos da sua mulher por eles serem mais fortes que os seus. Você poderá adaptar a sua necessidade de direcção a propósitos externamente regulados, tornando-se uma roda dentada empresarial, ou um marido e pai semi-morto, sem se permitir abrir-se à sua mais grandiosa visão.

Tenha cuidado para não substituir propósitos verdadeiros por tarefas rotineiras. É fácil preencher o seu dia de deveres e obrigações, libertando-se apenas o suficiente para ver alguma TV ou ter sexo rápido. Também é fácil desistir inteiramente de uma vida de absoluto compromisso com a verdade, contentando-se com a vida comum de absoluto compromisso com o trabalho, família, intimidade e amigos. Para mais, você apenas poderá ser um profissional superior, pai, marido e amigo, quando estiver a viver estas relações como dádivas, oferecidas desde o seu centro, não a partir do que sobrou, apenas porque você não teve os tomates necessários para ir em busca da sua verdade, o seu impulso nuclear e viver de acordo com ele.

Se não estiver a viver a partir do seu núcleo, oferecendo as suas mais plenas dádivas, toda a gente sentirá a sua falta de um verdadeiro propósito. Os seus filhos desafiarão a sua autoridade. Os seus colegas irão aproveitar-se de si. Os seus amigos não esperarão grande coisa de si. E a sua mulher não confiará em si.

Apesar de poder parecer que ela quer ser o centro da sua vida, isso não é verdade. Ela quer que você conheça o mais profundo propósito da sua vida para que aí possa confiar em si. Mesmo que tenha de ir para qualquer outro lado sem ela, para poder cumprir o seu propósito, como um homem indo para a guerra, ela será capaz de confiar em si e amá-lo, a partir do momento em que o seu propósito for real e verdadeiro.

Se você estiver sempre a ver TV, lendo revistas, ou jogando computador, a sua mulher sentirá a trivialização da sua vida. Ela senti-lo-á contentando-se com menos, e irá ressentir-se da frivolidade da sua vontade. Mas, se por outro lado, você descobriu o propósito pulsante desde o seu núcleo central, e se toda a sua vida estiver alinhada com este propósito mais profundo, a sua mulher sentirá a verdade das suas escolhas. Apesar de ela não gostar sempre delas, irá amá-las, e irá amá-lo a si por ter a coragem de viver a sua verdade. Ela pode relaxar e confiar em si, mesmo que você goste de ver TV, ler revistas e jogar jogos agora e depois, ela sabe que você nunca comprometeria o seu mais elevado propósito na vida – que inclui mas não está centrado em nem dependente da sua relação com ela.

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