sexta-feira, 27 de maio de 2011

Parte II - Lidar com as mulheres / 21. Fique com a intensidade dela – até certo ponto!


Quando uma mulher se torna emocionalmente intensa, um homem medíocre quer que ela se acalme e discuta o assunto, ou então que vá embora e volte quando estiver mais calma. O homem superior penetra o seu humor com amor imperturbável e estabilidade conscientiva. Se ainda assim, ela recusa viver mais completamente no amor, depois de um tempo, ele deixa-a ir.

Se você for como a maioria dos homens, provavelmente não nutrirá nenhum carinho especial pelos maus humores e emoções histéricas do feminino. Poderá questionar-se a si mesmo por que razão será ela tão complicada? Qual é o problema dela? Poderá apanhar-se a si mesmo dizendo, “Acalma-te, tem calma, não te enerves.” O mau humor feminino é tão estranho e obscuro que você poderá mesmo considerá-lo repulsivo. E quando uma parte da sua mulher se torna realmente selvagem, uma parte de si teme verdadeiramente o estrago que ela possa fazer. As emoções dela são muito mais selvagens e menos previsíveis do que as suas, a ponto de preferir não estar por perto.

Basicamente, a maioria dos homens tem medo de, ou desgostam das emoções femininas. É por esse motivo que tenta resolvê-las ou escapar-se delas. “Voltarei mais tarde, quando fores capaz de actuar como um ser humano razoável”, poderá você dizer.

Um dos mais profundos prazeres do feminino é quando um homem permanece pleno, presente, e não reactivo, em meio das tempestades emocionais da sua mulher. Quando ele fica presente com ela, e a ama através das camadas de selvajaria e fechamento, então ela sente a sua confiabilidade e pode relaxar.

A forma como se relaciona com o caos da sua mulher, reflecte a maneira como reage ao caos do mundo. Se você for o tipo de homem que precisa de tudo bem arrumadinho na sua bonitinha e pequenina caixinha, então irá também tentar encaixotar as emoções da sua mulher. Se você for o tipo de homem que preferiria contratar outras pessoas para tratar do caos do seu sótão, ou o caos das suas finanças, provavelmente irá também atirar para cima de alguém a responsabilidade de tratar do caos emocional da sua mulher.

Você poderá, contudo, treinar-se para ter mestria no mundo – financeiramente, criativamente, espiritualmente – aprendendo como ser livre e amoroso no meio do caos emocional da sua mulher. E você consegue isto, permanecendo no seu chão e amando de uma forma tão profunda que apenas o amor prevaleça. Você não pode desistir quando parece falhar, mas ao invés disso deverá aprender com as suas falhas e retornar ao amor. Ofereça a sua dádiva. Tal como lutar contra um governo ou surfar ondas no oceano, a mestria envolve misturar-se com a energia da sua mulher, e sentir o ascenso e queda do momento, sem vacilar na presença por um só segundo.

Você será selado pelo governo, você será inundado pelo oceano, e será também magoado pela sua mulher. E é assim que você aprende. Você levanta-se, recompõe-se, nada para terra, volta-se e enfrenta novamente a sua mulher. As únicas opções são o medo ou a mestria. Você pode desistir, escolhendo pequenos governos e ondinhas mansas, pode esperar que a sua mulher se acalme ou, ainda, poderá ameaçá-la. Ou, poderá aproveitar o momento como um desafio à sua capacidade de conquistar o mundo, e a sua mulher, com amor.

Mantenha a sua respiração total. Mantenha o seu corpo forte. Mantenha a sua atenção presente. Não interessa o que a sua mulher diga ou faça, dê-lhe amor. Pressione a sua barriga contra a dela. Sorria. Grite e depois lamba-lhe a cara. Faça o que for necessário para quebrar a muralha do seu fechamento, fazer penetrar o amor dentro dela e tocar o seu coração. Aprenda a amar a raiva dela, as suas lágrimas, a sua dureza silenciosa. O mundo dar-lhe-á o mesmo por vezes.

O jogo da vida é considerar todas as situações trabalháveis, transformar cada ocasião através da magnificação do amor, oferecer a sua mais profunda dádiva em cada momento, e não estar apegado a nenhum resultado, sabendo que tudo irá ascender e cair e ascender novamente.

Você saberá que conquistou as mulheres e o mundo quando nem o desejo de evitar, nem o desejo de aprisionar influenciar a sua capacidade de amar ou limitar a sua liberdade.








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